segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Prólogo

Parece surreal a história que vou contar..., no entanto trata-se da minha história. Desde já aviso logo que esta não é uma história de amor comum, não se trata de um belo conto permeado por doces palavras, passeios românticos e lugares comuns, pelo contrário, essa história trata de abusos físicos e emocionais, trata de abandono e de vínculos quebrados e mal resolvidos, mas apesar de tudo essa ainda é uma história de amor.
Obs: Pessoas e lugares tiveram seus nomes alterados para que não pudessem ser identificados.


CAPÍTULO 1

Eu já vivia em Mandala Branca já havia algum tempo, vim praticamente fugida da minha cidade por que conta do término de uma relação difícil e extremamente maléfica a meu estado de saúde física e emocional, vim para trabalhar, recebi uma boa proposta de trabalho. Quando cheguei estava animada, cheia de expectativas, muito feliz por poder recomeçar em um novo lugar. E no início como eu não tinha namorado ou amigos eu vivia para o trabalho, e de qualquer forma eu sempre fui muito caseira, sempre gostei de ficar dentro de casa. No entanto depois de um ano morando só comecei a me sentir muito triste e solitária, então decidi morar com o único amigo que eu possuía na cidade, o Jorge, minha amizade consolidada e muito querida, Jorge era homossexual o que significava que nossa convivência estaria salva de possíveis mal entendidos assim como da tensão sexual que se forma quando um casal mora junto.
Jorge fora meu porto seguro, um amigo querido em quem eu depositava total confiança, em pouco tempo, no período de um mês eu já estava instalada em seu apartamento, situado em uma rua calma e tipicamente residencial, haviam muitas casas e o nosso era o único edifício, logo em frente existia uma escola infantil e do lado belas residências, na varanda de casa o Jorge veio e apontou para uma casa rosa ao lado da escola.
- Você sabe que eu tenho um amigo que mora ali naquela casa?
- Amigo? Ora Jorge não me engane, provavelmente é seu amante...
- Não juro que é só meu amigo, e depois eu não faço o tipo dele...
- Eu sabia, você é terrível meu amigo, seduz todos os homens que conhece até dizer chega.
Jorge sorriu, havia algo em seus olhos, na forma como se enrugavam que me dizia que ele Jorge guardava um segredo. Ele não disse mais nada, mas de alguma forma eu sentia que algo estava para acontecer, no meu íntimo eu sentia que um ciclo se fechava a um ano eu estava sozinha, então estava na hora de alguma coisa acontecer..., foi então que meu amigo Jorge me disse:
- Venha, vamos almoçar na casa do meu amigo hoje.

CONTINUA...